quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

SÃO FRANCISCO E O NATAL


De acordo com o Fr. Tomás de Celano, São Francisco “celebrava com inefável alegria, mais do que as outras solenidades, o Natal do Menino Jesus, afirmando que é a festa das festas, em que Deus, tornando-se criança pequenina, dependeu de peitos humanos.” (2Celano 199,1).
O seráfico pai “queria que nesse dia os pobres e famintos fossem saciados pelos ricos e que aos bois e aos burros fossem concedidos ração e feno mais do que de costume. Disse: se eu pudesse falar com o imperador, pediria que se fizesse uma lei geral para que todos aqueles que podem atirem pelas ruas trigo e grãos, a fim de que, no dia de tão grande solenidade, os pássaros tenham fartura, principalmente a irmãs cotovias.” (2Celano 200,1-2).


Na “Compilação de Assis”, importante fonte franciscana, o autor  nos deixa registrado o modo de como São Francisco desejava que se celebrasse o Natal do Senhor: “queria que nesse dia todo cristão exultasse no Senhor, e, por amor daquele que se entregou a si mesmo, todo homem fosse generoso com alegria não somente para com os pobres, mas também para com os animais e as aves.” (CA 14,8).


         Tomás de Celano nos informa de como o seráfico pai queria que fosse celebrado o Natal, caso ele ocorresse numa sexta-feira, dia de penitência: “como se conversasse sobre a questão de não comer carnes, porque era dia de sexta-feira, ele respondeu a frei Mórico, dizendo: Irmão, pecas ao chamar de sexta-feira o dia em que o Menino nos foi dado. Quero que até as paredes comam carne neste dia e, se não podem, pelo menos sejam esfregadas com carne por fora.” (2Celano 199,4-5).




O NATAL DE GRECCIO


         Em 1223, no terceiro ano antes de sua morte, São Francisco quis celebrar o Natal do Senhor de um modo singular. Na aldeia de Greccio (Itália), havia um homem virtuoso chamado João, a quem São Francisco tinha um profundo afeto. Ele foi chamado pelo santo que lhe disse: “Se desejas que celebremos em Greccio a presente festividade do Senhor, apressa-te e prepara diligentemente as coisas que te digo. Pois quero celebrar a memória  daquele menino que nasceu em Belém e ver de algum modo com os olhos corporais os apuros e necessidades da infância dele, como foi reclinado no presépio e como, estando presentes o boi e o burro, foi colocado sobre o feno.”(1Celano 84,7-8). Apressadamente, o homem foi e preparou tudo como o santo tinha ordenado.


São Boaventura, por sua vez, escreve assim: “E aconteceu, no terceiro ano antes de sua morte, na aldeia de Greccio, que ele decidiu celebrar a memória do nascimento do Menino Jesus com a maior solenidade que pudesse para reavivar a devoção. E para que isto não pudesse ser tachado como novidade, tendo pedido e obtido a licença do sumo pontífice, mandou que fosse preparado o presépio, que fosse trazido o feno e que fossem conduzidos o boi e o burro ao eremitério.” (Legenda Maior 10,7).


Chegando a noite santa do Natal do Senhor, muitos homens e mulheres de Greccio acorreram ao lugar determinado por São Francisco. Tratava-se de uma pequena gruta, afastada da aldeia e bem próxima do eremitério dos frades. “Veio finalmente o santo de Deus e, encontrando tudo preparado, viu e alegrou-se. E, de fato, prepara-se o presépio, traz-se o feno, são conduzidos o boi e o burro. Ali se honra a simplicidade, se exalta a pobreza, se elogia a humildade; e de Greccio se fez como que uma nova Belém.” (1Celano 85,3-5).



         O Frei Tomás de Celano, escrevendo a primeira “biografia” do seráfico pai em 1228, descreve o seu estado de espírito: “o santo de Deus está de pé diante do presépio, cheio de suspiros, contrito de piedade, e transbordante de admirável alegria. Celebra-se a solenidade da missa sobre o presépio, e o sacerdote frui nova consolação.” (1Celano 85,10-11).


São Francisco cantou o Evangelho e fez a pregação: “O santo de Deus veste-se com os ornamentos de levita, porque era levita, e com voz sonora canta o Evangelho. (...) Prega em seguida ao povo presente e profere coisas melífluas sobre o nascimento do Rei pobre e sobre Belém, a pequena cidade.” (1Celano 86,1.3)


São Boaventura, seguindo o texto de Celano, nos informa que, durante a solene liturgia, João de Greccio teve uma feliz visão: “Um cavaleiro virtuoso e digno de fé, o senhor João de Greccio que, tendo abandonado a cavalaria secular por amor de Cristo, se ligou com grande amizade ao homem de Deus, afirmou que viu um menino muito formoso a dormir naquele presépio, a quem o bem-aventurado pai Francisco, abraçando com ambos os braços, parecia despertar do sono” (Legenda Maior 10,7). “E esta visão era muito apropriada, pois que o menino Jesus tinha sido relegado ao esquecimento nos corações de muitos, mas neles ele ressuscitou, agindo a sua graça por meio de seu servo São Francisco.” (1Celano 86,8).


A palha do presépio de Greccio foi guardada pelos fiéis para curar os animais: “aconteceu que muitos animais que tinham diversas doenças pela região ao redor, ao comerem deste feno, foram libertados de suas doenças. Até mesmo as mulheres que trabalhavam em grave e longo parto, colocando sobre si um pouco do predito feno, dão à luz com parto saudável; e a multidão de homens e mulheres obtém a desejada saúde de diversas doenças.” (1Celano 87,2-3).


Tomás de Celano nos fala do amor que São Francisco tinha pelo lugar em que os frades moravam em Greccio: “O santo gostava de morar no eremitério dos irmãos em Greccio, seja porque via que era rico de pobreza, seja porque na pequena cela mais distante, construída numa rocha proeminente, se dedicava mais livremente às disciplinas celestes. Este é aquele lugar em que outrora ele recordou o Natal do Menino de Belém, tornando-se menino com o Menino.” (2Celano 35,1-2).




Segundo o doutor em teologia e história eclesiástica, Cesarius van Hulst, “o que Francisco queria ‘ver’ era a total pobreza e a extrema humilhação do Filho de Deus nascido em Belém e estabelecer uma ligação entre a vinda de Jesus no presépio e sua vinda sacramental no altar da Eucaristia. Certamente esta é a interpretação mais apropriada do Natal de Greccio.” (Dicionário Franciscano, Vozes, 2ª edição, pág. 469).



Essa interpretação ganha um sentido maior quando escutamos o ensinamento do próprio São Francisco: “Eis que diariamente ele se humilha, como quando veio do trono real ao útero da Virgem; diariamente ele vem a nós em aparência humilde; diariamente ele desce do seio do Pai sobre o altar nas mãos do sacerdote.” (Admoestação I, 16-18).





O que de fato teria acontecido em Greccio naquele natal de 1223? Teria Francisco criado o primeiro presépio? Teria encenado pela primeira vez uma peça teatral natalina?

Se entendermos o presépio como hoje o conhecemos, isto é, uma representação artística do nascimento de Jesus através de diversas imagens sacras como a Virgem com seu menino, os pastores, os magos, entre tantas outras, parece-nos sensato afirmar, apoiando-nos sempre no texto do Frei Tomás de Celano, que na gruta de Gréccio não havia tais imagens. Ali se diz apenas que São Francisco introduziu o boi e o burro, para que ficassem diante do feno, sobre o qual foi celebrada a sagrada liturgia.


Por outro lado, São Francisco não realizou uma simples dramatização do nascimento do Filho de Deus. Sabe-se que, desde o século X, em muitas partes da Europa, havia os famosos dramas natalinos, os quais, bem elaborados, encenavam não só o nascimento do menino, mas também a visita dos pastores, a visita dos magos, a matança dos inocentes, etc. Em Greccio, não se fala de atores, nem de coreografia, nem de textos a serem recitados. Ali não houve teatro; ali, São Francisco com seus frades e os aldeões celebrou de um modo singular, na mais pura fé e amor, a noite sagrada do nascimento do nosso Salvador.


Portanto, a grande contribuição de São Francisco não foi a de ter inventado uma peça teatral, ou de ter elaborado artisticamente um presépio como hoje o conhecemos. O Pobrezinho de Assis nos ensinou a maneira mais sublime de se aproximar daquele que por nós se fez pobre e desprezível. São Francisco quis ver com seus próprios olhos a pobreza e a humildade do Filho Eterno de Deus, que não só veio a nós em Belém, mas continua vindo a nós sobre o altar todos os dias na modesta forma de pão.

(Para um maior aprofundamento deste tema: Dicionário Franciscano, Vozes, 2ª edição, 1999, pág. 468-475).



Agora, contemple um maravilhoso lugar chamado Greccio:


cidadezinha de Greccio

Greccio vista de longe

Convento de Greccio: local onde Francisco celebrou o Natal.



Convento de Greccio: aqui se localiza a gruta na qual Francisco celebrou o Natal.


Subindo para o convento de Greccio.


Convento de Greccio construído num penhasco.



Veja que vista maravilhosa os peregrinos podem ter quando chegam ao convento de Greccio


Peregrinos chegam de todos os lugares para visitar a gruta de são Francisco.


Igreja do Convento de Greccio.


Gruta na qual S. Francisco celebrou o Natal.


Gruta na qual Francisco celebrou o Natal.

                                                                                 
                                                                                  Feliz Natal!
                                                                                    Frei Salvio Romero.
Eremita capuchinho.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ÚLTIMA VONTADE PARA SANTA CLARA



Este pequenino escrito de São Francisco, praticamente um bilhete, só chegou ao nosso conhecimento porque Santa Clara o introduziu no capítulo VI de sua Regra. Ele foi escrito nos últimos tempos da vida do pai seráfico, e demonstra aquele zelo espiritual que o santo tinha por Clara e suas irmãs.



Veja o que nos diz o Frei Tomás de Celano:


“Como o santo tivesse reconhecido que elas eram provadas por meio de muitos indícios da mais alta perfeição, preparadas para suportar toda privação e sofrer trabalho por Cristo e que não queriam desviar-se dos santos mandamentos, ele prometeu firmemente prestar sempre a elas e às outras – que professavam a pobreza em semelhante modo de vida – o seu auxílio e conselho e o dos seus irmãos. Enquanto viveu, ele cumpriu sempre diligentemente estas coisas e, quando estava próximo da morte, mandou insistentemente que sempre se cumprisse, dizendo que um e o mesmo espírito havia tirado deste mundo os irmãos e aquelas senhoras pobrezinhas.” (2Cel 204).


Este precioso escrito, que nosso pai seráfico escreveu para santa Clara, ecoa, ainda hoje, em nossos corações como uma das mais fortes exortações à vida em pobreza evangélica. Santa Clara nos diz assim:



“E para que nem nós nem as que viriam depois de nós jamais nos afastássemos da santíssima pobreza que assumimos, pouco antes de sua morte escreveu-nos de novo expressando sua última vontade.” (Regra VI,6)





ÚLTIMA VONTADE PARA SANTA CLARA
(Regra de Santa Clara, Cap. VI, 7-9)



“Eu, Frei Francisco, pequenino, quero seguir a vida e a pobreza de nosso altíssimo Senhor Jesus Cristo e de sua Mãe santíssima; e perseverar nela até o fim; e rogo-vos, senhoras minhas, e dou-vos o conselho para que vivais sempre nesta santíssima vida e pobreza. E estai muito atentas para, de maneira alguma, vos afastardes dela por doutrina ou conselho de alguém.”

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A BÊNÇÃO DE SÃO FRANCISCO


Uma das mais belas relíquias do nosso pai seráfico é um pequeno pergaminho contendo uma bênção e uma oração de louvor ao Deus Altíssimo para seu grande companheiro e amigo Frei Leão, escritos pelo próprio São Francisco durante um retiro no Monte Alverne. Os “Louvores” expressam magistralmente todo o fervor e encantamento presentes na alma do santo, enquanto que a “Bênção” é uma adaptação de Nm 6,24-26.


Bênção escrita por São Francisco

 

Esse precioso pergaminho está exposto em um relicário, desde o século XIV, na Basílica de São Francisco, para a veneração dos inúmeros peregrinos que visitam a cidade santa de Assis.





Vejamos o que nos relatam as fontes franciscanas, precisamente a Legenda Maior de São Boaventura (LM 11,9). Esse mesmo texto poderá ser encontrado em Tomás de Celano (2Cel 49).


Monte Alverne

“E quando esteve recolhido numa cela no Monte Alverne, um dos companheiros desejava com ardente desejo ter algum escrito sobre as palavras do Senhor brevemente anotado pela mão dele. Pois ele acreditava a partir disto poder escapar de grave tentação – não da carne, mas do espírito – pela qual era atormentado, ou certamente suportá-la mais levemente. Abatido por este desejo, ficava interiormente ansioso, porque, vencido pela vergonha, não ousava revelar a coisa ao reverendo pai. Mas a quem o homem não disse, o Espírito revelou. De fato, ele mandou que fossem trazidos pelo predito irmão tinta e pergaminho e escreveu de própria mão os Louvores do Senhor, de acordo com o desejo do irmão, e por último a bênção dele, dizendo: ‘Recebe este pergaminho e guarda-o diligentemente até ao dia de tua morte’. O irmão recebeu aquele dom desejado, e imediatamente toda aquela tentação desapareceu. A carta é conservada e, quando mais tarde realizou coisas admiráveis, foi um testemunho das virtudes de Francisco.” (LM 11,9)


Basílica de São Francisco em Assis

                                

  LOUVORES A DEUS ALTÍSSIMO




“Vós sois santo,
 Senhor Deus único
 que fazeis maravilhas.


                

Vós sois forte,
vós sois grande,
vós sois altíssimo,
vós sois o rei onipotente,
vós, ó Pai santo,
sois o rei do céu e da terra.



Vós sois trino e uno,
Senhor Deus dos deuses,
vós sois o bem, todo o bem, o sumo bem,
Senhor Deus vivo e verdadeiro.




Vós sois amor, caridade;
vós sois sabedoria,
vós sois humildade,
vós sois paciência,
vós sois beleza,
vós sois mansidão,
vós sois segurança,
vós sois quietude,
vós sois regozijo,
vós sois nossa esperança e alegria,
vós sois justiça,
vós sois temperança,
vós sois toda nossa riqueza até à saciedade.



Vós sois beleza,
vós sois mansidão,
vós sois protetor,
vós sois guarda e defensor nosso;
vós sois fortaleza,
vós sois refrigério.





Vós sois nossa esperança,
vós sois nossa fé,
vós sois nossa caridade,
vós sois toda a nossa doçura,
vós sois nossa vida eterna:
grande e admirável Senhor,
Deus onipotente,
misericordioso Salvador.”







BÊNÇÃO DE SÃO FRANCISCO


+ "O SENHOR TE ABENÇOE E TE GUARDE;

+ TE MOSTRE A SUA FACE E TENHA MISERICÓRDIA DE TI.

+ VOLVA PARA TI O SEU OLHAR E TE DÊ A PAZ.

+ FREI LEÃO, O SENHOR TE ABENÇOE.”



domingo, 26 de setembro de 2010

CÂNTICO DAS CRIATURAS



         Este é o mais belo cântico composto por São Francisco de Assis, escrito quase no final de sua vida quando, praticamente cego, não conseguia mais enxergar a beleza da criação. É considerado a primeira grande expressão poética da língua italiana, que naquela época estava ainda nascendo. De fato, esse canto não foi escrito em latim, mas em língua vulgar, ou seja, a língua falada pelo povo simples da região de Assis .



Mosteiro de
São Damião

         No mês de março de 1225, São Francisco visitou Santa Clara e suas irmãs em São Damião. Como a enfermidade dos seus olhos piorava cada vez mais, ele precisou ficar hospedado por três meses numa cela junto ao mosteiro, destinada ao capelão das irmãs. Por insistência de Frei Elias, São Francisco se submeteu a um tratamento dos olhos, mas de nada adiantou. Numa certa noite, atormentado pelas dores, ele ditou esse belo cântico como um grito de louvor ao Deus Altíssimo, que reveste toda a sua criação de beleza e bondade. 
        
        
         Na obra chamada Espelho de Perfeição (2EP 119), o autor nos informa que “quando a doença mais se agravava, ele começava a cantar os louvores do Senhor pelas criaturas, que ele tinha composto, e depois mandava que seus companheiros os cantassem, para que, em consideração aos louvores do Senhor, ele esquecesse a dureza de seus sofrimentos e enfermidades.
     

        
         E porque considerava e dizia que o sol é a mais bela de todas as criaturas e mais pode assemelhar-se a Deus, tanto que na Escritura o Senhor é chamado de Sol da Justiça (cf. Mt 4,2), por isso, ao dar um nome aos Louvores das criaturas do Senhor, que havia composto quando o Senhor lhe garantiu a posse de seu Reino, chamou-os de Cântico do Irmão Sol”.

 Frei salvio Romero,
Eremita Capuchinho.



Cântico do Irmão Sol ou Louvores das criaturas




"Altíssimo, onipotente, bom Senhor
Teus são o louvor, a glória e a honra e toda a bênção.
Só a ti, Altíssimo, são devidos
E homem algum é digno de mencionar-te.




Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas,
Especialmente o senhor irmão sol
Que clareia o dia e com sua luz nos alumia.
E ele é belo e radiante com grande esplendor,
De ti, Altíssimo, traz a imagem.




Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã lua e pelas estrelas
Que no céu formaste claras e preciosas e belas.




Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento,
E pelo ar e pelas nuvens e pelo sereno e por todo o tempo,
Pelo qual às tuas criaturas dás sustento.





Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água
Que é muito útil e humilde e preciosa e casta.




Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão fogo,
Pelo qual iluminas a noite.
E ele é belo e agradável e robusto e forte.





Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã, a mãe terra,
Que nos sustenta e governa,
E produz diversos frutos e coloridas flores e ervas.



Louvado sejas, meu Senhor, pelos que perdoam por teu amor,
E suportam enfermidade e tribulação.
Bem-aventurados aqueles que as suportarem em paz,
Porque por ti, Altíssimo, serão coroados.



Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã, a morte corporal,
Da qual nenhum homem vivente pode escapar.
Ai daqueles que morrerem em pecado mortal:
Bem-aventurados os que ela encontrar na tua santíssima vontade,
Porque a morte segunda não lhes fará mal.




Louvai e bendizei ao meu Senhor, e rendei-lhe graças,
E servi-o com grande humildade".

(São Francisco de Assis)